Vinho em lata, será que cola?
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Pitoresco, para dizer o mínimo. Tendência? Ainda é cedo para saber. Mas os vinhos em lata de alumínio, ainda raros no Brasil, já começam a aparecer, em vários cantos do mundo.
Quem costuma levar a fama de ter sido o pioneiro a oferecer essa alternativa de embalagem ao mundo do vinho, é Francis Ford Coppola e sua vinícola californiana. Mas vamos dar a César o que é de César: uma pesquisa mais detalhada nos leva à Austrália.
Em 2001, após anos de pesquisa, uma vinícola australiana lançou no mercado uma versão de 330 ml de vinho enlatado. Ao que consta, foram 33.000 latas de um Cabernet Sauvignon da safra de 1998. E, a partir de 2003, essa vinícola já estava distribuindo essa novidade em outros países.
O espumante enlatado da vinícola de Coppola só chegou ao mercado em 2004, com 5.000 latas de 269 ml sendo vendidas em casas noturnas das grandes metrópoles do mundo.
Dentro da parcela ainda muito pouco representativa desta embalagem, o formato mais comum tem sido o de 250 ml, e o maior potencial, por enquanto, parece estar nos espumantes.
Apesar de prática, leve, sustentável e econômica, a lata de alumínio tem encontrado muita resistência no mundo do vinho, o que não chega a ser, exatamente, uma surpresa. Mas os produtores que estão se rendendo às latas afirmam estar de olho no consumidor do futuro.
Sem dúvida é uma quebra de paradigma. E o mundo do vinho tende a ser um pouco conservador em suas mudanças, em contraponto ao tanto que é aberto aos novos vinhos que surgem todos os dias.
Como será este mercado, em algumas décadas, nem Baco sabe. Mas o certo é que já teve até vinícola francesa testando essa embalagem, em seus principais vinhos!
Talvez a lata de alumínio não tenha o mesmo charme, mas antes de torcer o nariz, pense que boa parte do vinho que consumimos passa por “latas gigantescas” durante o processo de vinificação: os tonéis de aço inoxidável.
E para nós, enófilos, experimentar é sempre um prazer!
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